Sobre o fim do mundo e a minha teoria sobre os bilionários em Marte
Se a colonização de Marte começar amanhã, você vai? Eu justifico a newsletter de hoje com três palavras "Sou de Aquário".
textinho de quinta - o próprio nome já diz.
Causos, contos e crônicas reflexivas, ou não.
Mais alguém por aí tem a impressão de que o mundo acabou em 2020 e a gente não reparou e seguiu achando que tava tudo normal quando na verdade não existe mais nada?
Pode (e deve) ser resultado da mudança de país em pleno fevereiro daquele fatídico ano, pode ser que eu sempre me senti assim e não sabia, pode até ser porque eu só fui começar a fazer terapia depois de tudo isso, mas desde então aparece um tópico frequente nas minhas sessões: pertencimento - ou a falta da sensação de.
Fui procurar o dicionário Aurélio no Google pra conferir o significado da palavra e pasmem: não existe o dicionário Aurélio no Google. Como assim? Desde quando?
Nada mais é igual e tem sido tão difícil me sentir pertencente quando pra tudo que eu olho quase nada eu reconheço e agora tem mais essa: o Aurélio não existe mais - pelo menos online.
Nas minhas reflexões sobre a minha insignificância X eu sendo o centro do meu próprio mundinho fechado (você também completou mentalmente com “Ela é incrível, com seu vestidinho preto indefectível?) concordei com algum participante de Podcast que disse “a Terra não vai acabar, quem vai acabar é a gente”.
Ok, relendo o que eu mesma escrevi eu notei que era óbvio demais, mas na hora que eu entendi o que realmente isso queria dizer deu um “Bum!” e fez todo sentido!
E foi dessa constatação que eu cheguei na teoria diqui “não tem a menor chance dos bilionários irem pra Marte e não levarem um bocado de ‘pobre’ com eles”.
Explico minha linha de raciocínio:
Um dia eu também achei que o Elon Musk e seus amigos mega rycos que juntaram na vaquinha pra construir a nave que os levaria pra colonização de Marte dariam uma banana pra gente atravessando a atmosfera terrestre ( a la final da novela Vale Tudo) nos deixando aqui pra seja lá qual for o método do fim dos tempos contemporâneo.
Mas ai comecei a imaginar esse povo chegando em Marte, tendo que trabalhar, sabe? Desbravar o lugar, construir um barraco, arrumar uma cama, fazer um café… E qual a chance? Pois é!
Que dinheiro eles vão usar lá? E sem o pobre pra contrastar como é que eles vão poder continuar parecendo grandes rycos and bilionários?
Foi aí que eu cheguei à conclusão de que eles vão tentar querer convencer a nós pobres a ir também pra poder botar a gente pra fazer o trabalho pesado e eu já decidi que eu não vou. Me recuso!
To custando a me sentir pertencente na Terra pra baixar la em Marte pra servir de capacho e massa de manobra pros super rycos? Vou não!
Cheguei à conclusão de que eu quero ter uma boa vida aqui na Terra, separar meu lixo, usar meu coletor menstrual, comprar de novo as escovas de dente de bambu, evitar desperdícios e ser um ser humano legal.
E claro, seguir fazendo terapia!
o imigrante não tem paz.
São muitas as razões que tornam a vida do imigrante difícil e por isso eu criei esse “quadro” com dificuldades reais e outras nem tanto. Contém ironia em alguns casos, aprenda a diferenciar.
Chegamos naquele momento monotemático nas redes sociais: foto do céu escuro às 8:30 e novamente às 16:30 seguidas das reclamações mais batidas dos tempos invernales : “na Europa não tem sol” ou “esse sol de geladeira não esquenta nada” ou “que saudades do Brasil” ou “não aguento mais ver fotos dos amigos aproveitando o verão no BR”.
Eu tô falando mas provavelmente vou postar também.
imidicas.
Dicas inú
teis por e para imigrantes, ou não.
Semana passada eu falei do sal que não salga e pra essa semana eu resolvi manter a culinária no centro da atenção e deixar a dica do feijão em lata que na verdade vem em um pote de vidro.
Parem de perder tempo correndo o risco da panela de pressão explodir na sua cara e indo comprar feijão Camil, o feijao do Albert Heijn funciona perfeitamente bem - quer dizer, se você tiver se adaptado ao sal daqui ou tiver achado uma solução pra esse “problema” pra fazer seu temperinho.
Ele parece sem graça, mas o que faz o feijão é o tempero e se você souber temperar vai dar tudo certo. E o melhor: custa 0,79 centavos e fica pronto muito mais rápido!
me valoriza.
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chega mais.
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Adorei a versão Newsletter!!! Também não quero ir para Marte, já basta sobreviver por aqui hahaha
Sou fã do feijão pronto do AH ou do Jumbo, prático.. isso que importa! E acho que o próximo dilema de imigrante deve ser o requeijão hhahaahahah